Hoje ao me dirigir a UNICAMP pra uma sessão de fisioterapia, me lembrei de sair de casa as sextas feiras pela fria manha canadense e ouvir no radio uma música animada que agradecia pela chegada do final de semana. Acredito que esta expectativa se repete em vários lugares do mundo. O tão esperado final de semana significa pra alguns uma parada, descanso, dias em que podemos diminuir o ritmo. Nada mais justo do que se alegrar com a possibilidade de um chopinho com os amigos no final do dia. Um churrasco ou almoço em família, entre tantas outras coisas. Atualmente, licenciada estou vivendo um final de semana demais de prolongado. Tenho tempo pra reflexões, leitura e pra um fazer nada que aborrece. Me ocupo do jeito que posso, mas sinto falta do trabalho….Nem sempre as pessoas em tratamento de cancer ficam afastadas de suas atividades de trabalho, acredito mesmo que seja apenas uma pequena parcela que se encontre nesta situação. Não que seja simples trabalhar depois da sessão de quimio, mas tem gente que simplesmente não pode parar….No meu caso foi mais prudente não arriscar. Baixa imunidade e ambiente hospitalar não é uma das melhores combinações. Mas agora a quimio ficou pra trás, os glóbulos brancos já se recuperaram e eu estou ansiosa pra voltar a ativa. Ainda falta um ajuste aqui, outro ali. Resultados de exames pendentes e radioterapia, mas estou bem melhor. Quero reclamar quando chegar segunda feira como o Garfield e festejar a sexta-feira. Quero a rotina de volta, me preparar pro plantão, para a falta de vagas, falta de recursos pra conduzir os casos mais graves que nem por isso deixam de chegar, questionar as cesáreas que antecedem a madrugada sem necessidade, enfim me envolver com as coisas corriqueiras que como engrenagem se ajustam e movem nossas vidas. Entretanto, enquanto a segunda não chega vou aproveitar melhor as sextas com os amigos e a família. Hoje sexta feira vou festejar a publicação do livro da Medicina Fetal. E que venha a segunda feira, estou mais que pronta pra ela.
No meio do caminho tinha uma pedra No meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra. Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas. Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho no meio do caminho tinha uma pedra. Carlos Drummond de Andrade
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
TGIF – Ainda bem hoje é sexta feira
Hoje ao me dirigir a UNICAMP pra uma sessão de fisioterapia, me lembrei de sair de casa as sextas feiras pela fria manha canadense e ouvir no radio uma música animada que agradecia pela chegada do final de semana. Acredito que esta expectativa se repete em vários lugares do mundo. O tão esperado final de semana significa pra alguns uma parada, descanso, dias em que podemos diminuir o ritmo. Nada mais justo do que se alegrar com a possibilidade de um chopinho com os amigos no final do dia. Um churrasco ou almoço em família, entre tantas outras coisas. Atualmente, licenciada estou vivendo um final de semana demais de prolongado. Tenho tempo pra reflexões, leitura e pra um fazer nada que aborrece. Me ocupo do jeito que posso, mas sinto falta do trabalho….Nem sempre as pessoas em tratamento de cancer ficam afastadas de suas atividades de trabalho, acredito mesmo que seja apenas uma pequena parcela que se encontre nesta situação. Não que seja simples trabalhar depois da sessão de quimio, mas tem gente que simplesmente não pode parar….No meu caso foi mais prudente não arriscar. Baixa imunidade e ambiente hospitalar não é uma das melhores combinações. Mas agora a quimio ficou pra trás, os glóbulos brancos já se recuperaram e eu estou ansiosa pra voltar a ativa. Ainda falta um ajuste aqui, outro ali. Resultados de exames pendentes e radioterapia, mas estou bem melhor. Quero reclamar quando chegar segunda feira como o Garfield e festejar a sexta-feira. Quero a rotina de volta, me preparar pro plantão, para a falta de vagas, falta de recursos pra conduzir os casos mais graves que nem por isso deixam de chegar, questionar as cesáreas que antecedem a madrugada sem necessidade, enfim me envolver com as coisas corriqueiras que como engrenagem se ajustam e movem nossas vidas. Entretanto, enquanto a segunda não chega vou aproveitar melhor as sextas com os amigos e a família. Hoje sexta feira vou festejar a publicação do livro da Medicina Fetal. E que venha a segunda feira, estou mais que pronta pra ela.
Assinar:
Postar comentários (Atom)

Nenhum comentário:
Postar um comentário