segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Se o olhos são as janelas da alma, as sobrancelhas são definitivamente sua moldura.


É incrível como a ausência da sobrancelha faz diferença. Quando a testa se estende até a nuca num tom róseo  tedioso como ocorreu comigo a confusão  fica grande. O que nos resta fazer pra corrigir esta falha que insiste em aparecer na hora em quase todos os pelos caem em protesto a quimioterapia……Descobri a duras penas que a sobrancelha exerce importante função  em manter a expressão  facial equilibrada e que por este motivo já existe SPA especializado em sua manutenção. Tudo pra que  desafortunados como eu melhorem a expressão  do rosto. Os recursos existentes são  bem variados e pra vários  bolsos, como o velho e bom lápis que exige destreza no traçado. Um pouco de sombra também pode fazer bonito. Não sei porque demorei tanto tempo pra buscar uma solução. Hoje vejo que muito da carinha de doente se deveu ao fato de não ter investido muito nos limites e definições que o traços faciais podiam fazer por mim. Por fim me aventurei no design com henna. A tintura dura cerca de uma semana, podendo ser mais ou menos tempo de acordo com a oleosidade da pele ou uso de produtos na região. Inicialmente usei um castanho bem fraquinho, de tão fraco sumiu em três dia. Depois uma castanho médio, com o qual me assustei no primeiro dia. Apos o susto constatei que a tatuagem me custou  uma depilação não planejada (os pelinhos mais frágeis que sobreviviam a duras penas saíram com a retirada da henna),  mas por fim o disfarce foi efetivo e duradouro.  Com os cabelinhos da cabeça em 3 mm, me aventurei sair sem proteção pra careca em diversas situações. Cabeça e rosto mais definidos, tratamento nos finalmente, sem lenço e documento, que sensação boa de liberdade. Interessante ver como a vaidade nos atinge em fases e formas diferentes. Nos diferentes blogs, as preferências são diversas ao passar  por  esta fase, sem duvida todas muito corajosas. Tem aquelas que vão de peruca ate o fim, mesmo com o efeito do superaquecimento global não tem cabeça quente que as impeça  de desfilar longas ou curta madeixas. Outras um tanto sofisticadas,  aprendem a usar os lenços com ares de musas de uma Hollywood antiga, as despojadas sem preocupações  maiores fazem uso de qualquer boné  (o da filha serve). E as incrivelmente corajosas desafiam os olhares mais curiosos com a cabeça nua e peito aberto. Pra mim acostumada a um chapéu e curtindo no inicio um friozinho do inverno brasileiro, optei pelo boné, gorro e afins. Com a chegada do verão e com uns poucos e ralos fios selecionei meus melhores brincos e fui a luta. Não faltou criança perguntando ou mostrando na rua a mulher careca (eu) como atração de circo. O fato é que cada uma segue seu caminho e não importa qual o estilo escolhido, o que importa é fazer de tudo pra se manter inteira .